NFJ#481 🌱 Ficar na profissão, voltar a chorar, deixar a profissão
Cadeirada, debates, violência e jornalismo | Repositório de links sobre jornalismo e IA | A lacuna entre a prática e a pesquisa | 💎 Sem mudar a cultura, os esforços para atingir o público fracassarão
Hey!
Moreno aqui, na primeira newsletter da primavera. Depois de uma semana de tempo ruim e chuvas, POA ficou debaixo d’água de novo, ontem. Delícia.
No mais, domingo tem Maratona Internacional de Porto Alegre. Minha segunda vez nos 42k em um evento para celebrar essa cidade tão maltratada, mas tão amada por seus habitantes. Torçam por mim 🏃🏼♂️🤩
Bom, hoje nossos apoiadores aqui no Substack e no Apoia-se (💎) seguem acompanhando nossa leitura do relatório OnPoynt, no Poynter. A Lívia analisa mais dois capítulos e nos conta que 1) a mídia local não está morrendo, está se transformando; e 2) sem uma mudança de cultura, os esforços para atingir o público de maneiras novas e sustentáveis fracassarão. Como? E o que fazer para transformar o otimismo do documento em realidade? Apoie a gente para ler a análise.
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Hoje estamos eu (MO), a Lívia (LV) e o Giuliander (GC).
Bora. Boa leitura e bom final de semana!
Nosso agradecimento de <3 vai para:
Adriana Martorano Vieira, Alexandre Galante, Amaralina Machado Rodrigues Xavier, André Caramante, Andrei Rossetto, Antonio Simões Menezes, Ariane Camilo Pinheiro Alves, Ben Hur Demeneck, Bernardete Melo de Cruz, Bibiana Osório, Bruno Souza de Araujo, Carlos Alberto Silva, Diogo Rodrigues Pinheiro, Edimilson do Amaral Donini, FêCris Vasconcellos, Filipe Techera, Gabriela Favre, Guilherme Nagamine, João Vicente Ribas, Jonas Gonçalves da Silva, Marcela Duarte, Marco Túlio Pires, Mateus Netzel, Milena Giacomini, Monica de Sousa França, Nadia Leal, Pedro Luiz da Silveira Osório, Priscila dos Santos Pacheco, Rafael Paes Henriques, Roberto Nogueira Gerosa, Roberto Villar Belmonte, Rodrigo Ghedin, Rodrigo Muzell, Rogerio Christofoletti, Rose Angélica do Nascimento, Rosental C Alves, Sérgio Lüdtke, Silvia Franz Marcuzzo, Silvio Sodré, Simone Cunha, Suzana Oliveira Barbosa, Sylvio Romero Corrêa da Costa, Taís Seibt, Vinicius Luiz Tondolo, Vitor Hugo Brandalise, Washington José de Souza Filho.
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🌱 Ficar na profissão, voltar a chorar, deixar a profissão. Jornalistas ficam alegres ao oferecer às pessoas um serviço público e por desenvolver laços de confiança com a audiência. Esse é o principal achado de um artigo publicado na Journalism Practice pelos pesquisadores Gregory Perreault, da Universidade do Sul da Flórida, e Claudia Mellado, da Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso, no Chile – o paper foi resumido neste texto para o Nieman Lab. Eles ouviram 20 profissionais de diferentes veículos espalhados pelos EUA e descobriram que, ao trabalhar no dia a dia do jornalismo, a gente é alimentado de vida. Às vezes a vida pode ser dura e conflituosa, é verdade, mas também pode oferecer perdão, gratidão, compaixão e generosidade. “Há histórias que motivam você a ser generoso. Eu acho que você não pode estar neste negócio a menos que seja generoso, empático, íntegro. Você tem que entender de onde as pessoas vêm para conectá-las ao seu público”, disse um dos entrevistados. Mellado e Perreault sublinharam a importância que os jornalistas dão aos laços de confiança criados entre eles e as fontes durante as entrevistas, algo que não é dado, e sim construído a partir de uma relação humana. Outro motivo de alegria para os jornalistas é o espírito de camaradagem entre colegas, seja na boa, seja na ruim – Perreault dá o exemplo de uma jornalista do NYT que, ao escrever dezenas de perfis de vítimas do 11/9, conseguiu elaborar melhorar a perda de um primo na tragédia.
É preciso deixar-se afetar pela realidade, defendeu a jornalista e pesquisadora da UFC Raquel Kariri neste post no Instagram. “Os jornalistas precisam voltar a chorar”, escreveu. Houve um tempo, disse ela, que os jornalistas narravam a vida que os afetava enquanto flanavam nas ruas, mas que hoje fomos “engolidos pela máquina de moer gente e a arte de notar se transformou na arte de desencantar”. Contar histórias não é pouca coisa, afirma. “(...) todos sabemos que quem narra cria universos inteiros, transmite e (re)define realidades”. O mundo de hoje urge por narrativas criadas por seres que também se sentem e se mostram afetados por um mundo que desmorona – e essa é a nossa maneira de oferecer reparação.
“Precisamos reconhecer que nosso mundo está colapsando, estrebuchando. É preciso fazer isso bem de dentro do nosso coração, só assim vamos deixar de ser esses robôs embotados, hipnotizados e permitiremos que nosso espírito se afete e chore por todos os seres que viraram fuligem. (...) Temos que desmoronar, e isso é urgente, porque não existe sonho sem empatia. Há mundos inteiros que precisam que nosso coração se abra para o afeto e dor, só assim eles poderão ser ouvidos.”
Enquanto isso, nos EUA, um levantamento feito pelo site Muck Rack e divulgado pelo Poynter aponta que mais da metade (56%) dos jornalistas consultados (402) pensam em largar a profissão neste ano. O motivo principal é a eleição presidencial – cobertura tradicionalmente exaustiva em qualquer lugar do mundo. As principais fontes de estresse são carga de trabalho, baixos salários e a expectativa de estar sempre conectado, always on. Dois terços disseram trabalhar mais de 40 horas por semana e 80% afirmaram que trabalham fora do horário ao menos uma vez por semana. (MO)
🌱 Cadeirada, debates, violência e jornalismo. É, dá vontade de largar a profissão mesmo. Debates já não servem pra muita coisa há horas. Agora, ainda rola cadeirada. Como o jornalismo pode elevar o nível das discussões? É o que pergunta esta matéria do André Duchiade para a LJR. A reportagem traça um histórico da evolução das agressões – antes verbais, agora físicas – nos debates políticos da democracia brasileira e sublinha o papel do ambiente digital nessa dinâmica violenta. Nas redes sociais, o candidato "precisa ser mais exótico", disse o cientista político e professor de Comunicação da UERJ Fábio Vasconcellos, um dos entrevistados. "Na sociedade dos cortes, a radicalização gera os melhores reacts", escreveu o pesquisador Álisson Coelho neste texto para o ObjETHOS. Uma das sugestões para melhorar o ambiente, segundo as fontes ouvidas por André, é uma intervenção maior do TSE na regulação das regras que regem esses encontros, de maneira a "aumentar o custo" dos ataques e xingamentos. À LJR, a cientista Carolina Almeida de Paula, do IESP-UERJ, disse que os eleitores não gostam desse circo de caos, mas se divertem. E as emissoras, claro, aproveitam. Marçal, por exemplo, nem precisaria ser chamado, pois seu partido não cumpre a cota de representação parlamentar no Congresso. Mesmo assim, ele esteve em todos os debates, pois eleva a audiência e a visibilidade dos veículos. No ObjETHOS, Álisson Coelho destaca o desafio do jornalismo em cobrir um candidato que "não opera em um nível racional" – postura que, sabemos bem, é a marca da família Bolsonaro. A urgência é grande, pois a depender dessa galera, não há democracia. E sem democracia, o jornalismo já era:
"Como tolerar os intolerantes já era um enorme desafio nos tempos atuais. Quando se trata de um intolerante que ignora completamente qualquer civilidade, racionalidade ou códigos básicos da política, isso se torna ainda mais complexo. Entender como operar nesses casos é o desafio histórico do jornalismo hoje. A depender dos rumos da democracia, pode ser o último."
Na Folha, o doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP Leão Serva diz, ao analisar o caso Marçal, que o jornalismo “vive síndrome de Estocolmo em relação a mídias digitais e precisa se proteger de políticos autocráticos” – Leão foi o mediador do debate da cadeirada, pra não lembra. Ele começa o artigo perguntando: “Dado o conhecimento que temos hoje, se Adolf Hitler fosse candidato a um cargo de governo, deveríamos convidá-lo para um debate?” Boa pergunta. Porque, como Álisson Coelho nos lembra no trecho acima, ao dar palco para políticos nocivos à democracia, o jornalismo dá um tiro no próprio pé, pois sem democracia o jornalismo não existe. Leão defende que há uma “ignorância crucial nessa servidão à popularidade” das mídias digitais (leia-se redes sociais), pois grande parte do material que alimenta a roda desse ambiente é oriundo da mídia convencional.
“A dependência ficou clara quando o candidato Pablo Marçal culpou três semanas sem debates televisivos por sua queda nas pesquisas. Afinal, mídias digitais não são suficientes para sustentar um candidato? Não... É o jornalismo, estúpido!”
A gente dá atenção a candidatos que minam a democracia em busca de audiência para sermos ofendidos e agredidos por esses mesmos candidatos. No Observatório da Imprensa, Rafaela Sinderski Leticia Kleim e Maria Esperidião fazem um raio-x das agressões sofridas por profissionais da imprensa na atual campanha política e defendem que “organizações ligadas à liberdade de expressão e à imprensa não devem baixar a guarda quando se trata de conter a violência contra os jornalistas”.
As hostilidades que marcaram os anos do governo Bolsonaro – principalmente aquelas endereçadas às mulheres – aparecem fortes no “Marçalismo” e encontram ressonância em alguns setores da esquerda.
Vale acompanhar os relatórios semanais da Coalizão em Defesa do Jornalismo (CDJor) com dados de violência à imprensa e a jornalistas nas redes sociais. O último levantamento inclui dados do TikTok e “revela número preocupante de ataques”.
De 12 a 18 de setembro, foram acompanhados nessa rede 17 perfis e selecionados 596 termos ofensivos usados para a coleta e filtragem das publicações, totalizando quase 160 mil postagens analisadas, que resultaram em 491 ataques à imprensa. Os dados colocam a rede, proporcionalmente, no topo das mais utilizadas para hostilizar a imprensa.
Na edição de hoje da Lente, newsletter da Lupa, Marcela Duarte explica como a violência de Marçal contribui para um ambiente de desinformação ao apostar nas agrassões como combustível para fazer girar a economia da atenção. “O valor está no tempo que as pessoas gastam discutindo, compartilhando e reagindo, e não na veracidade dos argumentos”, reflete Marcela. Assim como os entrevistados por André Duchiade na LJR, a gerente de Produto da Lupa chama a atenção para a responsabilidade da Justiça Eleitoral ao não “reagir adequadamente a infrações” cometidas por candidatos como Marçal.
“O resultado é um ambiente onde a violência simbólica, o engajamento polarizado e a desinformação convergem para moldar a percepção do eleitorado, encobrindo o sentido e os processos da democracia brasileira. Sem regulação de plataformas sociais, sem ações contundentes da Justiça e dos partidos e sem uma compreensão profunda das novas dinâmicas de comunicação, candidatos como Marçal continuarão explorando falhas, avançando suas agendas e polarizando o debate.”
E ainda temos nove dias pela frente. Fora o segundo turmo. Mas deixar a profissão, que nada. Vamo com raiva e com beleza. “Reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço”, como escreveu Fabiana Moraes citando Ítalo Calvino na sua coluna mais recente na revista Gama. Então, apesar do ambiente desafiador, ainda há tempo para aperfeiçoar a cobertura – este guia da GIJN oferece “ferramentas, técnicas e recursos para ajudar os repórteres vigilantes a investigar quase qualquer campanha ou eleição” – e fazer alguma festa. Fabiana: “Chegamos a 2024 e agora, mais do que nunca, nós dançamos com o fogo”. (MO)
🌱 Repositório de links sobre jornalismo e IA. Vocês já devem ter percebido que o assunto inteligência artificial ganhou um bloco fixo na NFJ desde mais ou menos a metade de 2023. Também devem ter notado que, até algumas edições atrás, listávamos uma série de links relacionados ao tema ao final do bloco. Conforme o tempo foi passando, entendemos que aquele "giro de notícias" de IA e jornalismo com uma quantidade crescente de links soltos e apenas uma breve descrição pouco agregava a vocês e à newsletter. Por isso resolvemos lançar um novo produto que, assim como nossos guias temáticos e relatório anual de tendências, vem reforçar um dos papéis fundamentais que a gente espera que o Farol Jornalismo cumpra na vida de todos: não apenas o de agregar tudo que está sendo abordado em relação ao jornalismo por aí e pinçar o que mais importa dentro dessa enxurrada de conteúdo, como também organizar esse material para que a gente possa efetivamente consumi-lo e aprender com ele. A partir de agora, na aba Centro de Recursos do nosso espaço no Substack (💎), nossos assinantes têm acesso a um repositório com todos os links sobre IA e jornalismo que coletamos durante a produção de cada NFJ. Cada referência está classificada por número da edição relacionada, data, assunto e fonte. Se você tem interesse em saber sobre as ferramentas de IA mais utilizadas, pode filtrar o conteúdo por esse assunto e acessar apenas os links relacionados sem perder tempo com outros (veja o vídeo abaixo). Nas últimas 10 semanas, coletamos mais de 100 links sobre 21 sub-temas publicados por cerca de 60 fontes diferentes. Apoiem a gente e divirtam-se com o brinquedinho novo! (GC)
🌱 A lacuna entre a prática jornalística e a pesquisa/ensino do jornalismo. Os jornalistas reclamam da Universidade: não receberam treinamento suficiente para enfrentar as questões mais importantes da profissão na atualidade (como, por exemplo, distribuição de notícias por plataformas, alternativas a um modelo de negócio decadente, etc.). Os pesquisadores reclamam da indústria: fazem estudos, publicam artigos científicos, dão sugestões e as redações não dão a menor bola. A distância entre a prática e a pesquisa/ensino do jornalismo é notória e enorme. O American Press Institute publicou nesta semana um relatório que busca entender os motivos deste problema (o foco é os EUA, mas a realidade no Brasil não é muito diferente) e como enfrentá-lo. Segundo o relatório, "as redações percebem os pesquisadores acadêmicos como sugadores em vez de colaboradores, às vezes considerando sua presença mais como um contratempo do que uma ajuda. Além disso, os pesquisadores acadêmicos muitas vezes não têm experiência recente na indústria, o que os torna menos capazes de entender e reagir às pressões atuais da redação." Bem na nossa cara. Por outro lado, a pesquisa de audiência realizada pelas organizações de notícias se limita a métricas quantitativas fornecidas por plataformas de terceiros. "Acadêmicos acrescentam capacidade investigativa que muitas vezes falta nas redações que buscam saber mais sobre como otimizar fluxos de trabalho e a recepção do público", afirma o relatório, que aponta alguns centros acadêmicos tentando construir pontes entre a Universidade e a indústria, como o Shorenstein Center on Media, Politics and Public Policy, de Harvard, e o Center for Media Engagement, da Universidade do Texas. As sugestões dos pesquisadores para resolver esse problema histórico – que não é exclusividade do jornalismo, diga-se – vão desde criar mais espaços onde profissionais de mídia e pesquisadores possam conversar (por exemplo, conferências mistas) até maior financiamento para iniciativas como as duas mencionadas acima sem esquecer da necessidade de se aumentar a acessibilidade da pesquisa sobre jornalismo. "Os pesquisadores devem criar resultados não acadêmicos com base em seus artigos científicos, como guias de melhores práticas ou resumos das ramificações práticas da pesquisa", recomendam. O foco dos estudos também poderia estar mais voltado para apontar soluções do que apenas os problemas. Para isso, no entanto, o pessoal do API reconhece a necessidade de se alterar o sistema acadêmico para incentivar os pesquisadores a extraírem relevância do mundo real com o auxílio que podem dar ao desenvolvimento do jornalismo em vez de buscarem simplesmente expandir as listas pessoais de artigos revisados por pares publicados. É, não se trata de um caminho fácil… (GC)
🌱 Notícias da indústria e links diversos. #VenezuelaVota, Noticias sin filtro e “La Chama y El Pana” são três iniciativas que estão mantendo vivo o jornalismo independente na Venezuela. [Nieman Lab] | Elon Musk parece ter recuado e resolveu cumprir as ordens judiciais que havia desafiado. O STF pode permitir que o site retorne na próxima semana. [New York Times] | A CNN norte-americana terá, a partir de outubro, um paywall em seus conteúdos digitais. [New York Times] | Levantamento do Observatório da Pesquisa Aplicada em Jornalismo no Brasil contabilizou 186 publicações sobre pesquisa aplicada, com 38 novos trabalhos em 2023. [OPAJor] | Subtext é uma plataforma que promete alcançar novos leitores com envio de SMS - isso mesmo, texto. [PressGazette] | Dicas para criar uma newsletter de jornalismo local no Substack. [journalism.co.uk] | “Uma história na minha esquina” é o concurso da Piauí que vai premiar e publicar os melhores textos de estudantes de jornalismo. Inscrições até 11 de novembro. [Piauí] | Conheçam os finalistas do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Os vencedores serão anunciados no dia 10 de outubro. [PVH] | Nove oportunidades internacionais com prazo em outubro. [ijnet] | O Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) está completando 15 anos de pesquisas, formação de mestres e doutores e publicações ininterruptas. Um seminário hoje, com transmissão da TV UFSC, marca a data. [Christofoletti.com] | Inscrições até 20 de outubro para o 6º Prêmio de Jornalismo Mosca, destinado a jornalistas, universitários e sociedade civil. [Livre.jor] (LV)
💎 OnPoynt: notícias locais, produtos, receita, IA e inovações. Hoje vamos analisar mais dois capítulos do relatório do Instituto Poynter, que prevê um futuro não tão sombrio para o jornalismo. Começamos a leitura comentada na NFJ#479 e seguimos na NFJ#480, somente para nossos apoiadores. Pra quem chegou agora e se interessou, os autores defendem que a história do jornalismo e da indústria de notícias em declínio é incompleta e desatualizada. Há coisas novas surgindo e não estamos ouvindo o suficiente sobre elas. No capítulo sobre audiências, destacam que “o melhor jornalismo atende a muitos públicos diferentes – não apenas ao público em geral”. Afirmam ainda que “a confiança nas organizações de mídia é maior do que você pensa” e que “influenciadores de alta qualidade dão energia à indústria de notícias”, nos capítulos dedicados à confiança e criadores, respectivamente.
Hoje vamos analisar mais duas partes. Os argumentos principais são:
A mídia local não está morrendo, está se transformando;
Sem uma mudança de cultura, os esforços para atingir o público de maneiras novas e sustentáveis fracassarão.
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