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NFJ#495 ☀️ As tendências do Reuters Institute para 2025

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Ataques, dificuldades econômicas e batalhas para proteger a propriedade intelectual; confiança em queda e um jornalismo menos belicoso; “Criador-ização” da profissão e o aprofundamento do uso da IA

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Moreno Cruz Osório
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Lívia Vieira
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Giuliander Carpes
Jan 17, 2025
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NFJ#495 ☀️ As tendências do Reuters Institute para 2025
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E aí, moçada, como vão?

Moreno por aqui, vivendo dias de verão, dias de sol e calor, época de previsões para 2025. Por isso dedicamos a news de hoje ao “Journalism, media, and technology trends and predictions 2025”, relatório feito anualmente pelo Reuters Institute desde 2016.

Desde 2019 fazemos a leitura do estudo, que já virou tradição em nossas edições de janeiro. Apoiadores têm acesso a esse histórico: 2019, 2020, 2021, 2022, 2023 e 2024.

Na edição de 2025, Nic Newman e Federica Cherubini lideraram a survey com 326 profissionais sêniores das áreas editorial, comercial e de produto, feita entre 20 de novembro e 20 de dezembro de 2024. Os participantes são de 51 países, entre eles o Brasil. 54% dos entrevistados trabalham em veículos com história no impresso, 25% vêm de emissoras comerciais ou públicas, 18% são de organizações digitais nativas e 6% vêm de empresas B2B ou agências de notícias. Este fio compila os achados do relatório; aqui, o PDF completo; e, neste podcast gerado por IA, um resumo do estudo.

Curiosos pra saber o que nos espera este ano? Um spoiler: a coisa não tá simples.

Nos seis tópicos a seguir, nossos apoiadores – aqui e no Apoia-se – têm acesso a uma leitura exclusiva do relatório: nos debruçamos sobre os nove capítulos e trouxemos o que achamos mais interessante, economizando o tempo e a energia de vocês.

O primeiro tópico traz os principais pontos do resumo executivo do estudo. Este está aberto. Os cinco seguintes são exclusivos para quem apoia financeiramente a NFJ.


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Hoje estamos completos: Lívia (LV), Giuliander (GC) e eu (MO) assinamos os seis tópicos a seguir.

Bora.


Nosso agradecimento de <3 vai para:
Adriana Martorano Vieira, Alexandre Galante, Amaralina Machado Rodrigues Xavier, André Caramante, Andrei Rossetto, Ariane Camilo Pinheiro Alves, Ben Hur Demeneck, Bernardete Melo de Cruz, Bibiana Osório, Bruno Souza de Araujo, Carlos Alberto Silva, Diogo Rodrigues Pinheiro, Edimilson do Amaral Donini, Fabiana Moraes, FêCris Vasconcellos, Gabriela Favre, Guilherme Nagamine, João Vicente Ribas, Jonas Gonçalves da Silva, Marcela Duarte, Marco Túlio Pires, Mateus Netzel, Milena Giacomini, Monica de Sousa França, Nadia Leal, Pedro Luiz da Silveira Osório, Priscila dos Santos Pacheco, Rafael Paes Henriques, Roberto Nogueira Gerosa, Roberto Villar Belmonte, Rodrigo Ghedin, Rodrigo Muzell, Rogerio Christofoletti, Rose Angélica do Nascimento, Rosental C Alves, Sérgio Lüdtke, Silvio Sodré, Suzana Oliveira Barbosa, Taís Seibt, Vinicius Luiz Tondolo, Vitor Hugo Brandalise, Washington José de Souza Filho.
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☀️ Um ano de incertezas. Mais ataques de políticos hostis, dificuldades econômicas e batalhas para proteger a propriedade intelectual diante de plataformas de IA cada vez mais vorazes. Mudanças nos mecanismos de busca, com interfaces de IA gerando respostas "semelhantes a notícias", adicionam complexidade a uma indústria que já vinha perdendo tráfego social. Influenciadores – que nem sempre seguem princípios jornalísticos – saem empoderados e cheios de confiança das eleições nos EUA. Mas vejam vocês. Os entrevistados do relatório (que, para lembrar, ocupam cargos sêniores) avaliam que “tempos incertos tendem a ser bons para os negócios” e mantêm otimismo com relação a 2025. Mas como essa aposta no “quanto pior, melhor” não é garantida, os autores destacam que um grande desafio será reengajar públicos que perderam o hábito de consumir notícias nos últimos anos e encontrar maneiras de atrair o público jovem. Como? Com qualidade dos sites, do conteúdo (alô, áudio e vídeo) e com experiências mais personalizadas. “Abraçar a mudança, mas permanecer fiel aos valores jornalísticos será o truque de equilíbrio fundamental para o próximo ano”, sintetiza o relatório.

Não são poucas as transformações. "Vocês são a mídia agora", frase de Elon Musk após a eleição nos EUA, impulsionou a narrativa de que a mídia tradicional está se tornando cada vez mais desconectada e irrelevante. Falamos sobre isso na NFJ#488, ao repercutir muitas das análises pós-vitória de Trump. Newman e Cherubini bem sintetizam: “a ideia por trás do Grok.ai (a inteligência artificial do X) é que uma combinação de pessoas comuns e tecnologias avançadas pode substituir muitas das funções dos jornalistas de uma forma mais imediata e menos tendenciosa”. E isso foi escrito antes do fatídico anúncio da Meta, que está seguindo exatamente o mesmo caminho (mais detalhes na NFJ da semana passada).

Apesar desses enormes desafios, o relatório mostra que os líderes de notícias estão dispostos a virar a maré, reconhecem que precisam melhorar rapidamente suas plataformas próprias e tornar seus produtos digitais mais envolventes e relevantes para o público. Adotar a IA para personalizar conteúdo e formatos será parte disso, mas os editores também querem marcar a natureza distinta do jornalismo e da reportagem "humana" que a IA não é capaz de replicar. Diversificar fluxos de receita e investir em conteúdos mais soft (como os de estilo de vida) para aumentar o hábito e a fidelidade dos leitores também aparece como objetivos.

Após esse resumão do sumário executivo, nossos apoiadores seguem com mais detalhes dos capítulos do relatório nos próximos blocos. (LV)

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